Juiz é acusado de assédio moral e intimida servidores ouvidos com ações de indenização por danos morais

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Rondônia (SINJUR) denunciou publicamente um magistrado identificado como R. J. S., acusando-o de práticas de assédio moral contra servidores do Judiciário e outras categorias profissionais. A entidade se manifesta contra essa postura do magistrado e espera apuração rigorosa, inclusive do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Segundo o SINJUR, filiados de diversas comarcas relataram episódios de assédio e que, por conta disso, o magistrado não foi confirmado no estágio probatório, estando pendente processo administrativo para apurar os fatos que foram levados ao conhecimento da Corregedoria Geral da Justiça.
Segundo o Sindicato, a postura do magistrado de ajuizar ações contra servidores e servidoras ouvidos pode caracterizar assédio processual, numa clara tentativa de intimidar aqueles que depuseram narrando conduta em descompasso com o código de ética da Magistratura nacional.
As denúncias indicam que R. J. S. utilizava sua posição para desqualificar servidores com expressões depreciativas e ofensas, além de expor colegas magistrados de forma inapropriada perante réus. Também há relatos de críticas infundadas contra promotores, policiais penais e militares, em um comportamento descrito como autoritário e abusivo.
O juiz também é acusado de violar protocolos de segurança do Poder Judiciário ao permitir o acesso de pessoas estranhas ao ambiente forense e ao exigir que servidores cedessem senhas institucionais a terceiros. Outra grave denúncia aponta que ele mantinha relação inapropriada com presidiários, chegando a afirmar ser “responsável por libertar o povo cativo”, em referência a personagens bíblicos. Há afirmações de que detentos o chamavam de “pai”, além de terem utilizado seu telefone pessoal para fazer ligações. Também foram registradas visitas noturnas do magistrado a presos, em circunstâncias consideradas impróprias.
Diante da gravidade das acusações, o SINJUR reforça a necessidade de medidas urgentes e efetivas para garantir a segurança dos servidores e a integridade do Poder Judiciário. A entidade destaca que as ações reiteradas de R. J. S. evidenciam padrão de comportamento incompatível com a magistratura, especialmente no contexto da avaliação de vitaliciamento, após dois anos de judicatura.
O sindicato ressalta que combaterá de forma intransigente qualquer forma de assédio e abuso de poder, exigindo célere apuração dos fatos e responsabilização do magistrado, evidentemente se as denúncias restarem comprovadas.
Fonte: Assessoria