PAUTA EMERGENCIAL Joe Biden convida 40 líderes mundiais para cúpula virtual sobre crise climática
Xi Jinping e Vladimir Putin estão entre os convidados como mensageiros dos EUA voltam à vanguarda da luta climática
Joe Biden convidou 40 líderes mundiais para uma cúpula virtual sobre a crise climática, disse a Casa Branca em um comunicado na última semana.
Chefes de estado, incluindo Xi Jinping da China e Vladimir Putin da Rússia, foram convidados a participar da reunião de dois dias que marcaria o retorno de Washington às linhas de frente da luta contra as mudanças climáticas causadas pelo homem, depois que Donald Trump se desligou do processo.
“Eles sabem que estão convidados”, disse Biden sobre Xi e Putin. “Mas não falei com nenhum deles ainda.” O início da cúpula será no dia 22 de abril e coincide com o Dia da Terra. Acontecerá antes de uma importante reunião da ONU sobre a crise, marcada para novembro em Glasgow, na Escócia.
O evento de Biden está sendo realizado inteiramente online devido à pandemia do coronavírus.
O presidente manteve sua promessa de campanha de voltar ao acordo climático de Paris em seu primeiro dia na Casa Branca, depois que Trump desistiu do acordo. O retorno da maior economia mundial e segundo maior emissor de dióxido de carbono entrou em vigor em 19 de fevereiro e significa que quase todos os países agora são signatários do acordo assinado em 2015.
No momento da cúpula, os Estados Unidos terão anunciado “uma ambiciosa meta de emissões para 2030”, de acordo com um comunicado da Casa Branca, e isso incentivará outros a impulsionar seus próprios objetivos no acordo de Paris. “A cúpula também destacará exemplos de como a ambição climática aprimorada criará empregos bem remunerados, promoverá tecnologias inovadoras e ajudará os países vulneráveis a se adaptarem aos impactos climáticos”, disse a Casa Branca em um comunicado.
Os Estados Unidos convidaram os líderes do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima, que inclui os 17 países responsáveis por cerca de 80% das emissões globais e do PIB, bem como chefes de países que são especialmente vulneráveis aos impactos climáticos ou apresentam clima forte Liderança.
O presidente dos Estados Unidos colocou o aquecimento global no centro de sua agenda e já fez ondas no mercado interno ao prometer que as emissões do sector de energia seriam neutras até 2035, seguido pela economia como um todo até 2050.
Ele também controlou as novas perfurações de petróleo e gás em terras federais e espera-se que em breve busque um pacote de infraestrutura de 2 trilhões de dólares do Congresso que serviria como motor do crescimento econômico futuro. Biden enviou seu representante, o ex-secretário de Estado John Kerry, para preparar o terreno para a cúpula em reuniões com líderes europeus no início deste mês e falar sobre o clima.
A reunião ocorre em um momento em que o mundo está atrasado em seus esforços para limitar o aquecimento do final do século a 1,5° C (2,7° F). No qual cientistas dizem ser necessário para evitar o desencadeamento de pontos de inflexão climática que deixariam grande parte do planeta inóspito.
Em uma avaliação das promessas feitas nos últimos meses por cerca de 75 países e pela União Europeia, a ONU Mudança Climática disse que apenas cerca de 30% das emissões globais foram cobertas pelos compromissos.
Fonte: ANDA