Moradores do Orleans, em Vilhena, denunciam descarte irregular de lixo e entulho na periferia do bairro

Moradores do Orleans, em Vilhena, denunciam descarte irregular de lixo e entulho na periferia do bairro

 

Reclamações constantes, incluindo divulgação de vídeos em redes sociais, revelam um cenário desolador em pontos críticos da cidade de Vilhena. Sacolas de lixo doméstico, restos de construção civil, peças de veículo e móveis velhos são mostrados em imagens, com pedidos de providências urgentes às autoridades competentes.

A reportagem de SÉCULO esteve no Bairro Orleans e comprovou os fatos. Diante do que foi visto no local, os moradores tinham toda a razão em reclamar solução. Pessoas que preferiram não se identificar, disseram que o descarte dos materiais inservíveis em ruas localizadas, principalmente, atrás de uma faculdade de Medicina (Uninassau), causava mal cheiro, doenças, proliferação de insetos e de animais peçonhentos, colocando a saúde da comunidade em risco. Elas questionaram as ações da Prefeitura de Vilhena, tanto quanto ao recolhimento dos objetos descartados quanto à fiscalização e regularidade da coleta de lixo doméstico.

“Se as pessoas estão jogando o lixo de casa na rua, certamente é porque o caminhão coletor não está passado como deveria. Ninguém deixaria de colocar o lixo na lixeira em frente a sua casa para caminhar com sacolas nas mãos e jogar nas margens de vias”, declara um morador do bairro.

Ele afirmou, ainda, que “é uma vergonha para a nossa cidade essa falta de inércia da prefeitura com o lixo jogado nas periferias. Não é só aqui no Bairro Orleans. Basta ir na região atrás do Supermais (da Av. Paraná) e do SEST SENAT, ali onde cortaram umas ruas para atender aos novos condomínios, e ver a situação que está aquilo ali. No bairro Maria Moura é a mesma coisa!”, garante o homem.

Outro morador também cobra a atenção da prefeitura. “Se tem descarte irregular de lixo e entulho é porque a prefeitura não cumpre o papel de vigiar e fiscalizar. Se tem descarte de lixo doméstico é porque a prefeitura não cumpre o papel de fazer a coleta com regularidade”.

 

O QUE DIZ A PREFEITURA

O secretário municipal de Obras, Laércio Torres, informou à reportagem que providenciou a limpeza no Bairro Orleans e que atende aos pedidos dos vilhenenses sempre que possível. “Infelizmente, tem aqueles que realmente descartam sobras de construção, além de outros tipos de entulho e até um pouco de lixo doméstico nas ruas mais afastadas do centro da cidade. Porém, isso acontece por relaxo dessas pessoas, que não agem com cidadania e respeito ao próximo e à cidade em que elas vivem. Sempre que descobrimos quem jogou esses resíduos nós agimos com notificações e multas. Pedimos às pessoas que nos ajudem nesse trabalho de fiscalização denunciando quando verem esses descartes irregulares sendo feitos”.

PIOROU

A verdade é que a Semosp foi ao local e removeu quase todo o lixo e entulhos que constam nas fotos desta reportagem. Mas, tudo foi amontoado no meio da rua Osmar de Oliveira Costa e lá deixado! “Ficou pior ainda, porque agora não temos trafegabilidade na via!”, assevera um morador.

Já o diretor do Serviço Autônomo de Águas e Esgotos de Vilhena (SAAE), Ricardo de Lima, explicou que a coleta de lixo doméstico na região central é feita diariamente e que, em bairros mais afastados, o serviço é feito duas vezes por semana. A autarquia é responsável por fiscalizar o trabalho da RLP, empresa terceirizada que faz a coleta. “Não tem como passar uma semana sequer sem a empresa retirar o lixo, pois os moradores denunciam na imprensa e o fato chega até nós que, imediatamente,  acionamos a prestadora do serviço e cobramos a solução imediata. Já a questão dos entulhos não é de responsabilidade da empresa, mas sim de consciência das pessoas e, quando os infratores são descobertos, a irresponsabilidade deles multa e até caso de polícia”.

Ricardo reforçou que o contrato firmado entre a prefeitura e a RLP tem fiscais próprios. “Agora, colocar lixo doméstico nas ruas e terrenos baldios, assim como o que descartam quando limpam seus terrenos, é questão de falta de consciência da população que não colabora”.