Híbrido de Melão da Embrapa destaca-se pelo potencial produtivo

Híbrido de Melão da Embrapa destaca-se pelo potencial produtivo
O potencial produtivo é um dos destaques do melão híbrido  BRS Anton , desenvolvido pela Embrapa Hortaliças em parceria com a Agrocinco . Com a oferta significativa de sementes para comercialização, a expectativa da empresa de sementes é ampliar a presença do híbrido nas máquinas de melão para atender o mercado interno ainda neste ano.

“Até agora, o potencial produtivo pelo BRS Anton em área de produção no Vale do São Francisco foi de 36,85 toneladas por hectare. E pensamos que, com o uso mais constante e com o conhecimento progressivo do material, podemos ultrapassar as 40 toneladas”, explica Luís Galhardo diretor comercial da Agrocinco. A média da produtividade brasileira é de 25 t/ha.

Outras características ressaltadas por Galhardo são: frutas de excelente padrão de tamanho, cor e rugosidade de cascas. “Elas também se mantiveram em bom estado após o transporte para diferentes mercados consumidores do Brasil”, afirma.

Em função desses resultados positivos, a empresa de sementes está mudando as produções para o mercado interno também dos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará, regiões tradicionais de cultivo principalmente para exportação. O estado do Tocantins e o Oeste Baiano também estão nos planos da empresa.

Desenvolvimento

O BRS Anton, do grupo amarelo, desenvolvido pelo programa de melhoramento genético do meloeiro, da Embrapa, foi adaptado às condições brasileiras e mais adequado aos sistemas de produção do País. A produtividade de 35 t/ha, acima da média brasileira, foi constatada já na etapa de validação do híbrido em área de produção comercial. Em 2022, experimentos realizados em área de pesquisa obtiveram produtividade de 33 t/ha e 34 t/ha em Petrolina (PE) e Porangatu (GO), respectivamente.

O BRS Anton também apresenta frutos doces com teor de sólidos solúveis de 13° brix . Considerado precoce, ele tem um ciclo de produção de 64 dias para a região do Vale do São Francisco, e alta durabilidade pós-colheita. Já a maior rugosidade e espessura da cascata minimizam os danos externos ocasionados pelo transporte. O BRS Anton também tem resistência às raças 1 e 2 do fungo oídio, doença que atinge as principais regiões de melão do País.

Fonte/Foto: Embrapa