Plano ABC+ Rondônia promovendo a Sustentabilidade na Agropecuária até 2030
O Plano ABC+ Rondônia, apresentado pelo Governo de Rondônia durante a COP 28, é um plano setorial que busca promover a adaptação à mudança do clima, a baixa emissão de carbono e o desenvolvimento sustentável na agropecuária até 2030.
O Plano ABC+ Rondônia foi elaborado pelos técnicos da Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri), em parceria com diferentes instituições, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Rondônia (Embrapa/RO), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater/RO), Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron), Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon).
Para o governador Marcos Rocha, o Plano ABC+ RO, apresentado na COP 28, o prazo é de sete anos, e um dos principais objetivos do programa é a redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias, bem como o combate ao desmatamento e aumento da produção agropecuária em bases sustentáveis. “O programa visa incentivar a adoção de técnicas de manejo do solo, como o plantio direto. O Governo tem investido em ações para aumentar a produtividade e, consequentemente, no compromisso à saúde do ecossistema”, salientou.
Para alcançar essas metas, o Plano ABC+ RO vai ofertar linhas de crédito para o financiamento de projetos. Atrelado ao Plano Safra, o programa terá um investimento estimado de R$ 6,19 bilhões.
MODELOS
Os técnicos responsáveis pelo projeto destacam que o trabalho inicial envolverá a redução do desmatamento, a adoção de práticas sustentáveis na agricultura e o aumento da eficiência energética. Além disso, será necessário construir um modelo contemporâneo e sustentável para a agricultura de Rondônia, com o uso de tecnologias digitais.
O produtor deve adotar práticas e tecnologias que aumentem sua produtividade, permitindo que ele produza mais em menos tempo, otimizando seus recursos e reduzindo custos. Além disso, o deve buscar gerar renda de forma sustentável, utilizando técnicas e tecnologias que minimizem os impactos ambientais. Neste sentido, a preocupação com a baixa emissão de gases e a mitigação do efeito estufa se torna essencial. Ao investir em tecnologias que promovam a produtividade e a geração de renda de forma sustentável, o produtor não só contribui para a preservação do meio ambiente, como também fortalece sua própria atividade econômica a longo prazo. É um compromisso necessário para garantir a sustentabilidade da agricultura e do setor agropecuário.
De acordo com secretário da Seagri, Luiz Paulo, o objetivo geral do Plano ABC+ RO é cumprir o compromisso assumido pelo Brasil com a comunidade internacional de mitigar a emissão de gases de efeito estufa pela agricultura. “Trata-se de um plano setorial do Governo Federal que busca organizar e planejar a adoção de práticas sustentáveis pela agropecuária brasileira, com uma abordagem voltada à agricultura regenerativa e agroecológica”, ressaltou.
PROGRAMAS ABC+ RO
O Plano ABC+ RO foi estruturado em oito programas que abrangem desde a recuperação de pastagens degradadas até a terminação intensiva:
- Recuperação de Pastagens Degradadas;
- Sistema de Plantio Direto;
- Integração Lavoura-Pecuária-Floresta – + Sistemas Agroflorestais;
- Florestas Plantadas;
- Bioinsumos;
- Sistemas Irrigados;
- Manejo de Resíduos da Produção Animal; e
- Terminação Intensiva.
Por outro lado, o programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura subordina-se às seguintes condições específicas, tendo por objetivos:
- Reduzir as emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias;
- Reduzir o desmatamento;
- Aumentar a produção agropecuária em bases sustentáveis;
- Adequar as propriedades rurais à legislação ambiental;
- Ampliar a área de florestas cultivadas; e
- Estimular a recuperação de áreas degradadas.
Fonte: Secom Texto: Jean Carla Costa Fotos: Consocio Amazonia Legal, Daniela Luquini, Arquivo Secom