Idaron altera exigências em relação ao controle do trânsito de equídeos em Rondônia

Idaron altera exigências em relação ao controle do trânsito de equídeos em Rondônia

Portaria traz as novas diretrizes para prevenção e controle do mormo no território nacional

A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia – Idaron editou portaria alterando as exigências em relação ao controle do trânsito de equídeos no Estado. A medida, que atende  as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa, tem aplicação sobre o controle trânsito de equídeos, ajustando a estratégia de vigilância epidemiológica para mormo – enfermidade infecciosa que afeta principalmente equídeos – e está na lista de doenças de notificação obrigatória da Organização Mundial da Saúde Animal – OMSA.

A nova Portaria altera a Instrução Normativa  nº 6/2018, modificando a definição de caso suspeito e caso confirmado, alterando a  estratégia de vigilância para detecção de animais infectados. Essa alteração está em harmonia com a definição de caso da Organização Mundial de Saúde Animal – OMSA.

O coordenador técnico da Idaron, Walter Oliveira Cartaxo explica a mudança. “Seguindo essa nova condição, não há mais a obrigatoriedade da apresentação de resultado negativo de mormo para a emissão de Guia de Trânsito Animal – GTA de equídeos”, afirmou.

De acordo com a Portaria nº 593 do Mapa, que traz as novas diretrizes gerais para prevenção e controle do mormo no território nacional, a alteração dá-se porque, durante o trânsito há a realização de exames para mormo em equinos sem sinais clínicos da doença, aumentando as chances de reações falso positivas. Com a nova definição, apenas animais doentes serão submetidos a exames laboratoriais pelo Serviço Veterinário Oficial – SVO, o que amplia a especificidade do diagnóstico e reduzir a probabilidade de eutanasiar animais falsos positivos.

“Com essa nova estratégia, é imprescindível que criadores, médicos veterinários ou outras pessoas envolvidas com equídeos, comuniquem imediatamente à Idaron sobre a ocorrência de animais com sinais clínicos de mormo, como febre, perda de apetite, dificuldade respiratória, tosse, descarga nasal mucopurulenta, formação de crostas ao redor das narinas, descarga ocular purulenta e/ou emagrecimento progressivo; nódulos ou abscessos múltiplos nos membros, tórax e abdômen, podem ser observados”, acentuou Walter Cartaxo.

Ao receber uma notificação de suspeita de mormo, o médico veterinário Idaron  irá examinar clinicamente os equídeos e irá colher amostras de sangue daqueles que apresentem sinais clínicos ou patológicos compatíveis com o mormo.

“É importante que todos estejam conscientes que essa comunicação à Idaron é o que vai permitir identificar animais positivos e impedir a disseminação para outros animais e humanos”, destaca o presidente em exercício da Agência Idaron, Licério Corrêa Soares Magalhães.

A medida não descarta, no entanto, a atuação dos médicos veterinários autônomos, que continuam com a permissão de realizar colheita de amostras de equídeos sem sinais clínicos para diagnóstico de mormo, desde que sejam habilitados, e enviá-las para laboratórios credenciados. “Quando os médicos veterinários autônomos ou outros identificarem equídeos com sinais clínicos ou patológicos compatíveis com mormo, deverão notificar o SVO imediatamente”, salienta Licério Magalhães.

Fonte: Secom   Texto: Toni Francis  Fotos: Daiane Mendonça