Municípios de RO indicam falta de vacina contra a Covid para crianças
Estado está sem estoque da vacina CoronaVac para as crianças de 3 a 4 anos. Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alerta para risco do avanço da nova subvariante da ômicron.
Ao menos dois municípios de Rondônia indicaram, nesta semana, estar sem estoque da vacina CoronaVac para as crianças, o imunizante usado na prevenção do Coronavírus.
O imunizante da CoronaVac é único autorizado para ser aplicado em crianças que tenham de 3 a 4 anos.
Em Ariquemes (RO), segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a falta de estoque da vacina fez suspender a campanha de imunização .
À Rede Amazônica, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) confirmou a falta de imunizantes no estado de Rondônia e reiterou estar aguardando a chegada de mais doses da CoronaVac para crianças de 3 a 4 anos.
O município do Vale do Jamari informou que o único imunizante disponível nos postos é o da Pfizer, indicada para o público em geral com idade a partir de 5 anos de idade.
Cacoal foi outra cidade que suspendeu a vacinação em crianças por falta de doses da CoronaVac infantil.
De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante da CoronaVac também já está liberado para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos desde janeiro deste ano.
Em Rondônia, segundo o governo de Rondônia, a população Infantil que tomou a 1ª dose da vacina já chega a 70.199 (36,88%). Já as crianças que foram imunizadas com a 2ª dose + DU somam 36.648 (19,26%) até este sábado (12).
Chegada da Pfizer em Rondônia
Não foi informado um prazo para a chegada de mais doses de vacina CoronaVac infantil ao estado, mas a Agevisa diz que na última quinta-feira (10) recebeu 10 mil doses da vacina Pfizer BioNTech para imunizar crianças de 6 meses a menor que 3 ano (com comorbidades).
Segundo a Agevisa, as vacinas já foram divididas e estão a caminho das Regionais de Saúde para distribuição dos seus municípios de abrangência.
Volta do uso de máscaras
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou uma nota técnica nesta sexta-feira (11) na qual recomenda a volta do uso de máscaras por conta da circulação de uma nova subvariante da ômicron da Covid-19 no Brasil, a chamada BQ.1
A BQ.1 já foi encontrada em São Paulo, onde ocorreu uma morte, no Amazonas, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A nova sublinhagem tem sintomas semelhantes às variantes da ômicron que já circulam no Brasil, como a BA.4 e a BA.5 e, segundo especialistas, não é de maior gravidade.
Em Rondônia ainda não há confirmação da subvariante da ômicron.
A Sociedade Brasileira de Infectologia também recomenda que a população complete o esquema de vacinas – que protegem contra essa nova subvariante e outras – e cobra que o governo federal garanta doses suficientes para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos, com ou sem comorbidades, um público que ainda enfrenta escassez de imunizantes contra a Covid no País.