Conforme a Instrução Normativa n° 17, de 2021, da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron), o vazio sanitário da soja ocorrerá de forma regionalizada no estado de Rondônia, com dois períodos distintos de 90 dias. Na Região I, que compreende os municípios de Cabixi, Cerejeiras, Chupinguaia, Colorado do Oeste, Corumbiara, Pimenteiras do Oeste e Vilhena, o período começa agora, dia 10 de junho, e se estende até 10 de setembro. Na Região II, que envolve os demais municípios de Rondônia, o vazio vai de 15 de junho a 15 de setembro.
A medida tem como base o programa nacional de controle da ferrugem asiática da soja, instituído no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabelece as medidas fitossanitárias que devem ser adotadas por cada região do Brasil para a prevenção e controle da praga. “Por força de lei, durante o vazio sanitário, é proibida a semeadura da soja em todo o território rondoniense”, destaca Jesse de Oliveira Júnior, gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal.
Ele informa ainda que, nesse período, também não será permitida a existência de plantas vivas de soja em áreas sob sistema de irrigação, em áreas de cultivo tradicional ou qualquer outra modalidade de cultivo, exceto os excepcionalmente autorizados com a finalidade de pesquisa. Ou seja, os proprietários, arrendatários ou detentores a qualquer título de áreas que foram cultivadas com soja, são obrigados a eliminar, antes do vazio sanitário, todas as plantas vivas de soja, sejam elas cultivadas ou voluntárias, em toda a área de domínio ou posse.
PERIGO À LAVOURA DE SOJA
As doenças causam sérios danos, principalmente foliares nas culturas, e sem as folhas as plantas reduzem sua produção devido à falta de fotoassimilados. Dentre as principais doenças na cultura da soja, o destaque é para a ferrugem asiática.
Devido sua rápida expansão nas áreas de produção de soja, aos elevados prejuízos e difícil combate a este fungo, o vazio sanitário se tornou a principal medida para combater e prevenir a doença. Suas perdas podem ser de 10% a 90% nas diversas regiões produtoras, o que pode causar prejuízos acumulados tanto ao produtor quanto à economia do Estado.
“A ausência de plantas interrompe o ciclo de reprodução e desenvolvimento do Phakopsora pachyrhizi, que obtém seus nutrientes das células vivas das plantas. No caso, os hospedeiros dos Phakopsora são as plantas da soja. Nelas, eles se desenvolvem e produzem os esporos, pequenas estruturas utilizadas para a sua reprodução, que ocorre de modo assexuado. Por isso o vazio sanitário é tão importante e deve ser cumprido”, alerta Jesse de Oliveira.
Fonte/Foto: Idaron