Cacoal: Ações de combate e controle para conter surto de dengue são pontuadas pela Agevisa
Lixo é o criadouro predominante apontado em quase todos os municípios, que estão em surto
Recipientes descartados na natureza indevidamente, acumulam água, favorecem a formação de criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor das arboviroses como zika, chikungunya e dengue. Quinzenalmente a Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa divulga o Boletim Epidemiológico com os índices de incidência dessas doenças, e o sinal de surto para dengue acendeu em 18 municípios do estado de Rondônia.
O surto foi registrado nos municípios de Ariquemes, Buritis, Cabixi, Cacaulândia, Cacoal, Campo Novo de Rondônia, Castanheiras, Espigão do Oeste, Ministro Andreazza, Monte Negro, Nova Brasilândia, Presidente Médici, Primavera de Rondônia, Rio Crespo, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, Texeirópolis e Vale do Paraíso.
“A dengue é uma doença que muito preocupa a saúde pública, e nosso maior chamamento é para juntos colocarmos um fim no desleixo com o lixo, ambiente propício aos criadouros. No boletim, o lixo é o criadouro predominante apontado em quase todos os municípios que estão em surto. Quando a vigilância identifica uma situação como essa, o foco deve ser ações de limpeza e a higiene por parte de todos”, disse o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima.
Os técnicos da Agevisa participaram em Cacoal de uma reunião na presença de gestores e técnicos representantes para tratar de assuntos referentes à vigilância em saúde, em especial sobre a dengue.
Os municípios que estão em alerta, quanto aos casos de dengue são, Candeias do Jamari, Chupinguaia, Cujubim, Jaru, Ji-Paraná, Machadinho d’Oeste, Parecis, Pimenta Bueno, Santa Luzia, São Francisco do Guaporé, Urupá e Vilhena.
“Intensificamos diversas ações do controle da dengue, como mutirões de limpeza, contratação de mais agentes de endemias e visitas domiciliares. O assunto ainda será mais aprofundado na próxima reunião da Comissão Intergestores Bipartite – CIB, que acontecerá na próxima semana”, relatou o gerente da Vigilância Ambiental, Cesarino Júnior Lima Aprígio.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO
O boletim faz parte do processo de prevenção do Poder Executivo para sensibilizar os gestores públicos e a população no embate às endemias. O documento é o resultado de um trabalho da Coordenação Estadual de Controle das Doenças Transmitidas pelo mosquito, com monitoramento e indicadores que norteiam as ações públicas.
No período de 2 de janeiro a 23 de abril deste ano, foram notificados 191 casos de chikungunya e confirmados 12; em 2021 foram notificados 274 e confirmados 25, uma redução de 30,29% de casos.
Os registros de zika no boletim indicam uma redução em casos notificados de 56,45%; já referente aos casos confirmados, houve redução de 12% com relação ao mesmo período de 2021. Em 2022 foram notificados 81 casos e 15 confirmados; no ano anterior esse número foi de 186 notificados e 17 confirmados.
Quanto à dengue, este ano, os números continuam crescentes: 7.271 casos notificados, desse número 4.945 foram confirmados e 465 estão sendo investigados; 1.861 foram descartados e três óbitos. Os dados parciais registram um aumento de 278,70% nos casos notificados, em relação ao mesmo período no ano de 2021, sendo que 6% desses, ainda não estão concluídos.
Em relação aos casos confirmados de dengue, no mesmo período de 2021, o aumento foi de 399%. O registro do ano anterior, no mesmo período foi de 1.920 notificados; 991 casos confirmados; 107 em investigação; 822 descartados e dois óbitos.
O boletim epidemiológico aponta, ainda, o registro de surto para chikungunya, no município de Primavera de Rondônia e um alerta a Presidente Médici.
As informações sobre dengue, zika e chikungunya apresentadas neste boletim são referentes às notificações ocorridas entre as semanas epidemiológicas de 2 de janeiro de 2022 a 23 de abril de 2022, disponíveis no Sinan Online.
Fonte: Secom Texto: Aurimar Lima Fotos: Cesariano Aprígio