Artigo produzido em cooperação com servidores da Idaron é destaque em importante revista científica
Artigo científico sobre os riscos econômicos e sanitários para a pecuária rondoniense, com foco no uso responsável de medicamentos veterinários, produzido em cooperação com servidores da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), é um dos destaques na Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, uma das mais importantes publicações científicas da América Latina. O periódico faz parte das publicações da linha Sustenere Publishing, especializada em estudos científicos nas mais diversas áreas.
“O artigo traz em seu bojo, a importância de conscientização do pecuarista ao aplicar os medicamentos conforme as instruções de uso, contidas na bula, mostrando os riscos da utilização empírica de medicamentos veterinários e antibióticos no controle dos principais parasitas bovinos, que pode, em tese, restringir as exportações de carne bovina, um dos principais alicerces do agronegócio rondoniense”, explicam os pesquisadores.
O estudo aponta a carne bovina como um dos principais produtos do agronegócio, “principalmente pelo aumento da demanda e abertura do comércio mundial. O consumo de carnes em todos os continentes, mostra um Brasil forte e de olho no crescimento econômico”. No entanto, conforme destacam os pesquisadores, a sanidade desponta como um dos grandes entraves, “porém necessária, pois os países compradores exigem um sério processo de rastreabilidade, além da exigência da qualidade do produto adquirido”.
Ainda segundo o artigo, a bovinocultura brasileira é caracterizada em seu sistema de criação por fatores ambientais diversos, em que predispõem os animais às infecções por endo e ectoparasitas que afetam o ganho de peso, conversão alimentar, desempenho reprodutivo, qualidade de carcaça, sistema imunológico e, em alguns casos, morte do animal.
“Em face disso e a crescente busca pelo aumento da produtividade, muitas vezes, envolve o uso de substâncias utilizadas como princípios ativos utilizados em produtos veterinários no tratamento de animais destinados ao consumo, como a presença de químicos que podem deixar resíduos na carcaça no momento do abate”.
A pesquisa aponta que a cadeia produtiva da bovinocultura em Rondônia é formada por um rebanho de 14.804.398 cabeças (dados de 2019, hoje, o rebanho rondoniense ultrapassa às 15,1 milhões de cabeça). “No ano de 2003 começara as primeiras exportações expressivas de carne bovina genuinamente rondoniense, em que apresentou um pouco mais de US$ 4,3 milhões, saltando dez anos depois, para a cifra de US$ 592,0 milhões, até chegar no ano de 2019 denotando um valor de US$ 637,2 milhões”.
“Por mais que a exportação demonstra-se expressiva e promissora, a conscientização do pecuarista quanto à importância de aplicar os medicamentos nos animais deve ser observada nas instruções de uso contidas na bula, desta forma reduzindo os riscos de resíduos indesejáveis nos produtos do complexo carne, caso contrário implicaria negativamente na economia, onde as exportações figuram como um dos principais alicerces do agronegócio rondoniense”, destaca o estudo feito pelos profissionais da Idaron.
EQUIPE QUE PRODUZIU O ARTIGO
A pesquisa científica foi produzida por servidores da Idaron, lotados na Coordenadoria de Planejamento/COPLAN, Gerência de Defesa e Sanidade Animal/GDSA, Gerência de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal/GIDSV, juntamente com representantes da Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura/SEDI, Fundação Universidade Federal de Rondônia/UNIR e Centro Universitário São Lucas. O artigo foi publicado em dezembro do ano passado.
Fonte/Foto: Idaron