Embrapa busca parceiros para desenvolvimento de soluções para coco e citros
De acordo com o pesquisador Luís Henrique Soares, à frente do ativo na Unidade, o objetivo foi desenvolver um produto capaz de acelerar a compostagem de resíduos de coco, a partir do uso de microrganismos eficientes capazes de degradar lignina, celulose e lignocelulose, principais componentes da fibra de coco, evitando ainda a necessidade de tratamento químico prévio, de modo que possa ser uma solução usada também na produção orgânica ou agroecológica. “O trabalho começou com a busca de microrganismos em áreas específicas de agroindústria em que existia a decomposição da fibra de coco. Fizemos uma triagem e identificamos onze estirpes de cinco gêneros de microrganismos com bastante potencial para a ação. Depois de uma série de testes, chegamos a uma formulação contendo duas estirpes de microrganismos altamente eficientes”, conta o pesquisador.
O produto, hoje, está em fase de protótipo, e o que se espera é uma parceria para desenvolvê-lo e fazer mais testes em campo para verificar a utilização em larga escala. “É um ativo que elimina a necessidade de um pré-tratamento químico e que oferece a oportunidade de trabalhar com microrganismos desenvolvidos com tecnologia Embrapa, com controle de origem e qualidade”, destaca.
Todos os ativos disponíveis no edital de inovação aberta foram apresentados em live realizada no início do mês (6), no canal da Embrapa no YouTube. O formato das parcerias é regulamentado por meio dos mecanismos de inovação aberta previstos no Marco Regulatório de Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/2016; Decreto nº 9.283, de 7/02/2018). A data final para submissão de propostas é 31 de janeiro de 2024.
As propostas selecionadas e aprovadas serão divulgadas em 8 de março, e os projetos elaborados terão um período de execução de cinco anos, com aporte financeiro e não financeiro por parte das Unidades envolvidas e dos parceiros externos.