Aplicativo ajudará a preservar variedades de cajueiro para futuras gerações
A Embrapa Agroindústria Tropical mantém o maior e mais antigo banco dedicado à conservação da variabilidade genética do cajueiro do mundo: o Banco de Germoplasma de Cajueiro – BAG Caju. Este tipo de coleção de material genético precisa conservar os recursos por muitos anos, para que futuras gerações possam utilizá-los. Por isso, a Embrapa tem investido em programas de qualidade, que estabelecem padrões de conservação e auxiliam na preservação e na otimização do uso dos dados, mesmo com a alternância de curadores e demais membros das equipes.
Para melhorar a coleta e o registros de dados, está em implementação um aplicativo que resguardará dados dos recursos genéticos do cajueiro, do programa de melhoramento genético e das fontes de variabilidade. O aplicativo faz parte das ações do projeto de Implementação e Monitoramento de Requisitos de Qualidade em Recursos Genéticos Animais, Microbianos e Vegetais da Embrapa (QualiRegen), que objetiva adequar bancos, coleções e núcleos da Unidade às normas nacionais e internacionais de qualidade.
A responsável pela Qualidade da Embrapa Agroindústria Tropical, Emmanuelle Rocha, informa que o aplicativo tem como característica inovadora o resguardo de dados mais condensados acerca dos recursos genéticos do cajueiro, do programa de melhoramento genético e das fontes de variabilidade.Ela salienta que em aspectos de desenvolvimento institucional, espera-se que haja uma maior eficiência operacional, com processos de armazenamento e acessibilidade facilitados, uma vez que os dados registrados permanecerão sincronizados de forma online com o repositório de dados do laboratório. Isso traz como possibilidade o acompanhamento remoto das informações pelo responsável por meio do desenvolvimento de relatórios online adicionais para monitoramento de indicadores do BAG.
O aplicativo está sendo desenvolvido na tecnologia Google Appsheets. Conforme a analista Fernanda Stringassi Oliveira, nas práticas de pesquisa e desenvolvimento, o novo recurso visa a facilitar processos imprescindíveis para a inclusão dos acessos (amostras de espécies) ao banco, permitindo, por exemplo, que as etapas de caracterização tenham mais agilidade e controle.
Ana Cecília Castro, pesquisadora, curadora do BAG, destaca que a integridade dos dados é outro fator inerente à aplicação da plataforma nas atividades do Banco Ativo de Germoplasma: “A entrada de dados direta no aplicativo minimiza o risco de perda ou corrupção de informações, contribuindo para a confiabilidade do banco de germoplasma, essencial para pesquisas futuras”.
A implementação de tecnologias na gestão do processo de pesquisa em Bancos Genéticos, campos experimentais ou em outros laboratórios que geram muitos dados, demonstra um compromisso com inovação na agricultura. “Essa inovação pode inspirar práticas semelhantes em outras instituições e promover avanços na gestão de qualidade”, finaliza Ana Cecília.
Fonte: Embrapa Foto: Fernanda Oliveira