Podendo ser praticada em casa e ao ar livre, a Calistenia surge com alternativa para exercícios diários
Danielle Constantino
Academias quase sempre lotadas e pistas de caminhada abarrotadas aos feriados e fins de semana indicam que o brasileiro nunca buscou tanto a melhor forma física. Mas nem todos têm condições de pagar uma academia, de se deslocar a um parque para correr ou até mesmo tempo para freqüentar uma boa academia ou sair de casa para se exercitar. Aliada a essas dificuldades, surge no Brasil uma nova modalidade esportiva que vem ganhando adeptos país afora. É calistenia, que pode ser praticada em casa, ao ar livre, a baixo custo e com o peso do próprio corpo. O método de treino que emprega apenas o peso corporal em seus exercícios, mas que pode ser incrementado com o uso de elementos, como o TRX (equipamento suspenso com argolas nas pontas) ou uma barra fixa.
Vale destacar que, apesar da modalidade poder ser executada em casa ou ao ar livre, empresários têm percebido o crescimento entre os adeptos e têm investido na abertura de academias especializadas na atividade física que exige uma série de técnicas para evitar lesões.
Prática esportiva ganha adeptos O professor de educação física Kayron Lavoyer é um dos apaixonados pela calistenia. Ele ouviu falar sobre o esporte ainda na faculdade. O estudante se aprofundou sobre o esporte, virou adepto e empreendedor, montando em Porto Velho uma das principais academias de calistenia do Brasil.
Ele recorda que abriu a academia com o apoio de um amigo, quando o esporte era, segundo ele, extremamente desconhecido no país. “As poucas academias de calistenia que tentaram emplacar não deram certo”, frisou Lavoyer.
Para o professor de educação física e hoje empresário, o sucesso da academia foi resultado da persistência e muito trabalho “para fazer dar certo”. Lavoyer conta que hoje o empreendimento está com capacidade quase máxima e que o objetivo é expandir a marca e crescer cada vez mais.
Jeferson Medeiros da Silva, 27 anos, é motorista de aplicativo é um dos adeptos recentes da calistenia. Ele afirma que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente e que as pessoas têm cada vez menos tempo. Jeferson conta que começou a praticar a calistenia ao observar alguns jovens se exercitando numa praça perto de sua casa, na zona Sul de Porto Velho/RO.
A acadêmica de educação física Márcia Fabiana, 35 anos, há dois anos faz estágio numa academia especializada em calistenia, na zona Leste de Porto Velho. Ela é professora de calisteniakids. Os pais que viraram adeptos da prática esportiva agora incentivam os filhos.
“Com as crianças trabalhamos de forma lúdica, respeitando o desenvolvimento motor de cada idade. Criamos múltiplas alternativas lúdicas, para que elas permaneçam com o interesse no esporte e atividades físicas, pois com tantas alternativas de jogos eletrônicos, elas perdem com muita facilidade o interesse por atividades físicas.
O professor de educação física Lucas Nascimento Ribeiro, 23, conta que o interesse pelo esporte ocorreu numa aula prática na faculdade, na matéria de fundamentos de ginástica, em
2017. “Depois, tive a oportunidade de fazer parte da equipe e desde então venho me apaixonando e aprendendo cada vez mais sobre a modalidade”, detalhou.
Mateus Praia também é professor na mesma academia que Lucas. Mateus destaca que a modalidade tem público de diferentes faixas etárias e que o esporte é conhecido por promover diversos benefícios, como ganho de força, resistência, melhoria da flexibilidade e mobilidade, qualidade de vida, melhoria da consciência corporal na execução de movimentos.
Fonte: Assessoria