Porto Velho: Projeto “Escola Segura” está em fase de expansão e escolas fazem adesão

Porto Velho: Projeto “Escola Segura” está em fase de expansão e escolas fazem adesão

Projeto iniciou em dezembro de 2021 e já está em fase de expansão em outras escolas da rede pública estadual

O projeto Escola Segura que tem como finalidade oportunizar um ambiente seguro aos estudantes e promover questões disciplinares, éticas, cívicas, sociais, cidadãs e fortalecendo resgate de valores, está sendo executado por meio da Coordenadoria de Atividades Sociais da Polícia Militar de Rondônia– CAS/PMRO, com a participação dos alunos, gestores, professores e técnicos da Secretaria de Estado da Educação – Seduc. Em Porto Velho, até o momento, oito escolas aderiram ao projeto, uma delas é a Escola Estadual de Ensino Médio em tempo integral 4 de Janeiro, no Bairro Aponiã.

O coordenador de atividades sociais da Polícia Militar, coronel Odinelson Gomes Braga, explicou que o projeto iniciou em dezembro de 2021 na Escola Estadual de Ensino Fundamental Jorge Vicente Salazar, localizada no bairro Cohab, na zona Sul da Capital. “Na escola Jorge Vicente estudam cerca de 900 alunos e a escola foi a pioneira nesse projeto. Nas oito unidades de ensino que têm o projeto em funcionamento, são beneficiados cerca de seis mil alunos direta e indiretamente pelo projeto”.

Para o governador Marcos Rocha o sucesso do projeto nas escolas estaduais se dá pela temática principal voltada ao resgate de valores morais. “As atividades do projeto na escola contribuem e muito com o corpo docente que já têm os conteúdos programáticos do ano todo para aplicar e tantas outras demandas. O projeto “Escola Segura” vem fazer essa abordagem mais voltada à cidadania. Ao invés desse aluno se enveredar muitas vezes para caminhos duvidosos, ele ou ela, tem a oportunidade de integrar um grupo de alunos monitores, e assim, se destacar juntos aos demais, assumindo até um posto de liderança. Estamos contribuindo na formação dos cidadãos”, finalizou.

COMO FUNCIONA

Coronel  Odinelson Gomes Braga é quem coordena o projeto 

O militar explicou que podem participar estudantes matriculados em escolas públicas que aderiram ao projeto, o requisito para participar é ter boa conduta escolar. “Dentro de cada turma são selecionado dois alunos para fazer parte do pelotão de elite. Esses alunos recebem treinamento de ordem unida e civismo, por exemplo. Nós capitaneamos os alunos que apresentam problemas de indisciplina na escola. O trabalho promove um novo direcionamento a esse aluno através do conhecimento e da disciplina. Temos exemplo de um estudante que tinha um histórico de indisciplina e ao ver os colegas participando do projeto, se destacando nas atividades, também quis seguir o mesmo caminho, o que é justamente o objetivo do projeto”, disse.

Na Escola 4 de Janeiro, uma solenidade marcou a adesão do projeto. Na oportunidade o coronel chamou o adolescente Eduardo Gabriel Alves de Almeida de 15 anos. O estudante que cursa o primeiro ano do ensino médio foi surpreendido com a notícia de que seu pedido para integrar o projeto havia sido atendido pela coordenadoria.

O adolescente recebeu a camisa do projeto e foi imediatamente integrado ao grupo de alunos monitores. “Eu chegava sempre atrasado na escola e tinha pouco interesse em participar das atividades. Quando o projeto chegou na escola vi meus colegas de classe se desenvolvendo e assumindo posições. Ajudando outros alunos, cooperando. Foi a partir disso que procurei a coordenação e pedi para participar. Estou contente, confiante e disposto”, revelou Eduardo.

A estudante Letícia Couto de 17 anos cursa o terceiro ano do ensino médio. Assim que o projeto foi iniciado na unidade, a jovem já quis participar. “Está sendo muito legal essa inclusão e agrega muitos valores. Isso é uma oportunidade para nós jovens. Para mim, está sendo uma experiência incrível”, comentou.

PROJETO RESGATA VALORES

A coordenadora Regional de Educação da Seduc, Ana Cristina, destacou que, o projeto resgata valores muitas vezes esquecido nas famílias. “Infelizmente, percebemos que muitos jovens não têm nem noção do que é o respeito, responsabilidade e compromisso. Percebemos que muitos não sonham mais, ou seja, estão sem perspectivas. Esse projeto também é um resgate de sonhos’’, destacou.

A diretora da Escola, Francisca Aguiar da Silva, está otimista. Segundo ela, em poucas semanas que o projeto iniciou, já percebe uma evolução no comportamento dos estudantes. “Um dos pilares da educação é formar o indivíduo de forma integral. Não só voltado ao conhecimento dos livros, mas para aqueles, enquanto ser humano. Para formar um cidadão capaz de atuar na sociedade. Que ele seja capaz de se reconhecer parte desta. Em poucos dias de implantação, observamos uma mudança no comportamento dos alunos. Ao verem os demais se destacarem, querem seguir o exemplo e pretendem, também assumir postos de lideranças e se destacarem como os outros”, finalizou.

Fonte: Secom   Texto: Elaine Santos  Fotos: Elena Lopes/Cristian Alves

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