VILHENA – Moradores reclamam de rua sem asfalto no Orleans
Por Maria R. Gabriela
O Loteamento Orleans, um dos mais bonitos da cidade de Vilhena, está sendo motivo de reclamações por parte de moradores. Ocorre que a última rua do bairro não foi pavimentada, conforme havia sido prometido pelos responsáveis pelo loteamento. Junta-se à falta de asfalto, mato, lixo e móveis descartados nas margens da via.
Na semana passada, um morador fez vários vídeos e fotos para denunciar a situação da rua que está totalmente intrafegável. “É uma vergonha o abandono dessa rua. Situações como esta levam Vilhena a deixar de ser a bela cidade, como é conhecida. No fim da ponta, o responsável por oferecer e manter vias transitáveis é o Município. São o prefeito e os vereadores que devem oferecer qualidade de vida aos cidadãos”, diz o morador, que preferiu não se identificar.
Ele observa que, “essa rua está assim há vários anos, desde que o loteamento começou a ser habitado, e sempre estamos cobrando a prefeitura por uma solução. A prefeitura e a Câmara de Vereadores aprovaram esse loteamento e no documento constam drenagem, pavimentação das ruas e instalação de redes de água e luz. Se teve entre essas garantias alguma que não foi cumprida, cabe aos vereadores fiscalizar e cobrar da prefeitura a execução do que faltou. Já a administração municipal deve acionar os responsáveis pelo loteamento na Justiça. O que não pode é ficar deixando o tempo passar como se isso fosse normal”.
O reclamante ainda indaga: “Onde estão os vereadores para defender os direitos dos cidadãos? Onde estão os representantes do povo para cobrar uma resolução do problema, que já é de conhecimento deles há muito tempo?”.
“VAMOS FAZER”
Em contato com o secretário municipal de Obras de Vilhena, Laércio Torres, o site Revista SÉCULO foi informado que a pasta que já tem conhecimento das reclamações, mas que, devido ao período chuvoso, só foi possível realizar uma limpeza simples na via.
“A nova administração assumiu a prefeitura há menos de seis meses e as chuvas, próprias da estação, têm atrapalhado muitos dos serviços públicos. Hoje, o nosso foco está nas linhas rurais, pois é urgente garantirmos, principalmente, condições de escoamento da produção agrícola e transporte escolar na zona rural. Porém, posso garantir que o Município vai realizar a benfeitoria na rua do Orleans”, assegura Laércio.
Ele complementa que, “a responsabilidade desse serviço era do Orleans, que fez o asfalto em todas as outras ruas e deixou a última sem fazer. Temos ciência que a situação é via é lastimável e que já vem perdurando há muito tempo. Mas, reforço que, no período de seca, vamos fazer as melhorias no local. Os moradores podem ficar tranquilos, pois cumpriremos nossa palavra”.
Quanto a acionar os responsáveis pelo loteamento na Justiça, Laércio informa que os terrenos foram vendidos com a promessa de toda a infraestrutura. “Assim, a exceção dessa rua não se justifica. No entanto, independente de quem seja responsabilidade, faremos a melhoria”.
“TUDO ESTÁ LEGALIZADO”
SÉCULO fez contato também com o empresário Wilson Magalhães, responsável pelo Loteamento Orleans na época de sua construção, que iniciou em 2008, tendo terminado e sido entregue à administração municipal em 2010. De acordo com ele, “aquela via estava só projetada, pois não fica na testada (frente) de nenhum terreno. Quando ficou pronto, o empreendimento foi entregue para a Prefeitura, que o recebeu sem nenhuma ressalva”.
O empresário salienta que, “o Orleans foi entregue para o Município com todas as obrigações exigidas pela prefeitura. Se tivesse a obrigação de asfaltar a referida rua, o loteamento não teria sido recebido pelo Município”.
Sobre como fica a situação, Magalhães afirma que a prefeitura ou loteamentos a serem projetados na sequência devem pavimentar a via. “Quando foi aprovado, em 2008, o empreendimento Orleans não teve a obrigatoriedade de fazer essa pavimentação, somente a projeção da rua, pois no memorial descritivo de cada lote não ficaria com a divisa esquerda com área rural, evitando assim o avanço de lotes sobre a mesma”, relata.