O impacto é nacional, com suspensão temporária da exportação de carne para a China, mas a normalidade deve ser recobrada o quanto antes.
Pelas características descritas pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), o caso de “vaca louca” registrado no município de Marabá/PA é uma forma atípica da doença, que surge de forma espontânea no animal em decorrência do envelhecimento das células, explicou nesta manhã o presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia, Julio Cesar Rocha Peres.
Em conversa com o secretário de agricultura do Estado, Luiz Paulo, quinta-feira (23/02), Julio Peres explicou que, embora o caso tenha impactado temporariamente nas exportações de carne do Brasil para China, os produtores de Rondônia podem ficar tranquilos, uma vez que casos atípicos dessa doença não oferecem risco de disseminação no rebanho ou de transmissão ao ser humano. “É um caso normal, e até comum, que tem relação direta com o envelhecimento dos animais”, destacou.
O titular da Seagri salientou que a confirmação do tipo da doença depende do resultado de exames, que vão ser realizados em um laboratório de referência da instituição em Alberta, no Canadá. “Não é a primeira vez que o Brasil apresenta casos atípicos da vaca louca. Em 2021, o Brasil deixou de exportar a carne para a China por mais de 100 dias, época em que foram comunicados dois casos atípicos da doença registrados em Mato Grosso e Minas Gerais. Mas como foi no passado, tudo deve ser normalizado o quanto antes, como bem destacou o presidente da Idaron”, observou Luiz Paulo.
O CASO NO PARÁ
O caso de vaca louca foi confirmado pela Agência Adepará em um animal de 9 anos, em uma pequena propriedade de Marabá. O animal foi abatido, incinerado e a propriedade isolada. O governo informou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que o protocolo sanitário foi tomado após a confirmação. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) foi comunicada sobre o caso e as amostras para exame de tipificação foram enviadas para o laboratório referência da instituição no Canadá.
VIGILÂNCIA
Rondônia mantém um serviço de vigilância ativa, com visitas a propriedades rurais e orientações aos produtores. O objetivo é manter o estado livre da Febre Aftosa, bem como da “vaca louca” e das diversas outras doenças que possam afetar o rebanho bovino. “A melhor forma de controlar a doença é por meio da prevenção, que pode ser realizada por medidas como a não utilização de proteínas de origem animal na ração de animais ruminantes e a vigilância sanitária nas fronteiras, propriedades rurais e matadouros”, orientou o governador do Estado, Cel. Marcos Rocha.
Fonte/Foto: Idaron