Porto Velho: Município adere a programa do Banco Mundial com foco na construção sustentável
Através do compromisso de tornar Porto Velho uma cidade sustentável, a Prefeitura passa a integrar o Programa de Transformação do Mercado de Edifícios Verdes. O programa busca divulgar as virtudes de projetar e construir edifícios verdes na Amazônia Legal e fomentar práticas responsáveis no segmento.
O programa é realizado pela International Finance Corporation (IFC), do Grupo Banco Mundial, com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A IFC selecionou 5 cidades brasileiras para receber consultorias gratuitas sobre edificações verdes como política pública municipal, visando proporcionar a sustentabilidade. Além de Porto Velho, aderiram ao programa as cidades de Manaus (AM), Belém (PA), Palmas (TO) e Rio Branco (AC).
O lançamento do programa aconteceu nesta sexta-feira (22), durante reunião técnica com participação do Prefeito Hildon Chaves, do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Rondônia (Sinduscon-RO), representantes da CBIC e da líder do Programa de Transformação do Mercado de Edifícios Verdes na América Latina e Caribe (LAC) da IFC, Silvia Solano.
O foco do projeto é o crescimento da construção ecológica, através das diretrizes de investimento e assessoramento aos intermediários financeiros, certificação EDGE e assessoramento de investimentos para o setor. Como ponto central, a certificação EDGE é obtida através de um software que determina a linha de base para economia de energia, água e energia incorporada em materiais específicos na construção civil.
“O software mostra a eficiência do seu projeto. Se há contribuições para redução de energia e água. A partir desta eficiência, cabe ao poder público municipal fazer com que isso passe a ser parte integrante de licitações para construção civil, já que gera valor ao imóvel, economia de gastos e sustentabilidade ao meio ambiente”, explica José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Para atingir o padrão EDGE, a construção deve alcançar um ganho de eficiência de 20% nas categorias de eficiência de recursos de economia de água, energia e energia associada.
“O objetivo da certificação é fazer com que os edifícios, sejam de uso comercial ou residencial, tornem-se sustentáveis. A ideia é que eles tenham a partir de 20% de eficiência através de pequenas alterações de projeto, como escolha seletiva da tinta utilizada em uma parede, tamanho de uma janela ou a forma que a tubulação passa pelo interior das paredes, a gente consegue fazer com que o custo associado a isso seja menor. São pequenas alterações feitas no início que levam a um gasto menor de energia e água no bolso de quem está residindo ou alugando este imóvel”, explicou o Analista de Operações da IFC no Brasil, Alexandre Aebi.
COMPROMISSO
As construções sustentáveis contribuem diretamente para a redução das emissões de CO2 associadas às operações do setor. A IFC projeta uma oportunidade de investimentos em construção verde de US$ 24,7 trilhões até 2030 em todas as cidades de mercados emergentes com mais de meio milhão de habitantes.
O impacto da certificação verde para os edifícios vai além da demonstração de responsabilidade ambiental de uma empresa. Ela pode reduzir custos, atrair clientes e facilitar acesso a uma linha de crédito diferenciada.
“O fato de estarmos na Amazônia faz essa busca pela sustentabilidade ser um compromisso. Todos os governos nacionais e internacionais têm a obrigação de buscar uma economia sustentável cada vez mais. Trazer este programa para Porto Velho é um grande passo para um futuro melhor”, finalizou o prefeito Hildon Chaves.
Fonte: SMC Texto: Beatriz Galvão Foto: Leandro Morais e Felipe Ribeiro