DataSenado: candidatas são discriminadas por serem mulheres

DataSenado: candidatas são discriminadas por serem mulheres

Integrantes da bancada feminina no Senado: Eliziane Gama, atual líder; Zenaide Maia; e Simone Tebet, que foi a líder do grupo até fevereiro deste ano

Três em cada dez candidatas nas eleições de 2020 foram discriminadas por serem mulheres. O dado é da segunda edição da pesquisa Equidade de Gênero na Política, realizada pelo DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência.

De acordo com o levantamento, ao responderem à pergunta “Você já foi discriminado(a) no ambiente político por causa do seu gênero?”, 32% das candidatas  entrevistadas responderam positivamente, contra 10% dos candidatos do sexo masculino entrevistados.

O relatório completo dessa pesquisa será divulgado durante o seminário Mais Mulheres na Política, que acontecerá no Plenário do Senado no dia 30 de maio, a partir das 14h (com transmissão ao vivo pela TV Senado e pelo portal e-Cidadania).

A primeira edição da pesquisa, realizada em 2016, analisou os candidatos às eleições de 2012.

Baixa representatividade

O levantamento investigou os motivos da baixa representatividade feminina em cargos eletivos, além da presença de violência política em ambos os gêneros. Entre 22 de março e 13 de abril de 2022, foram entrevistados 2.850 candidatos, que foram questionados sobre suas motivações para entrar na política, a influência da família e a responsabilidade em relação às atividades domésticas, entre outros assuntos.

O estudo contou com o apoio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que assinou um acordo de cooperação técnica com o DataSenado. O TSE forneceu os dados de candidatos e candidatas das eleições de 2018 e 2020, o que possibilitou as entrevistas por telefone com essas pessoas.

Painel interativo

Isabela Lima, chefe do Serviço de Pesquisa e Análise do DataSenado, informou que a pesquisa estará disponível na página do instituto. Ela destacou que haverá um painel interativo sobre o levantamento, que permitirá aos usuários cruzar os dados apresentados.

— A novidade deste ano em relação à edição de 2016 é o bloco sobre violência política, em que é possível comparar a opinião de homens e mulheres e a vivência deles em relação a essa situação — ressaltou Isabela.

Fonte: Agência Senado  Foto: Roque de Sá

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