Rondônia fortalece a cafeicultura brasileira e produz mais de 14 mil de mudas certificadas em 2021
Ação da Idaron reflete no sucesso da atividade agrícola, que está diretamente relacionada à qualidade do material utilizado na lavoura.
Já faz algum tempo que a cafeicultura rondoniense tem ocupado posição de destaque em eventos regionais e nacionais de qualidade do café. Feito que tem elevado as vendas do produto a níveis internacionais e conferido a agricultura de Rondônia menções positivas em periódicos especializadas tanto no agronegócio quanto em economia.
O trabalho desenvolvido pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron) está intrinsecamente ligado a esse bom desempenho do setor, visto que é a Agência Idaron o órgão responsável pela alta qualidade das mudas que são ofertadas ao produtor. “Rondônia é o segundo maior produtor de café robusta do Brasil e o controle de qualidade das mudas, feito pelos técnicos da Idaron, é o que tem garantido a nosso estado uma lavoura livre de pragas e produtivas”, ressalta René Parmejiani, responsável pelos programas de fiscalização de mudas e de sementes da Idaron.
O controle de qualidade da planta considera os atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários, os quais, segundo Parmejiani, expressam a capacidade da muda ter maior chance de superar as condições climáticas adversas e tornarem-se plantas adultas. “Claro, o resultado é uma plantação uniforme que, livre de pragas e doenças, resulta em uma boa produção. Um ganho tanto ao produtor quanto a economia regional”, avalia.
O processo de produção de mudas encontra-se regulamentado em todas as suas etapas, inclusive com normas e padrões específicos para a produção e comercialização de mudas de diversas espécies. O objetivo do programa desenvolvido pela Idaron é assegurar, no comércio, a disponibilidade de materiais de qualidade sanitária elevada, conforme os padrões mínimos definidos pela legislação vigente. “É um trabalho altamente relevante que evita prejuízos aos produtores rurais do estado”.
CONTROLE DE NEMATOIDES
Uma das principais pragas combatidas pela Idaron são os nematoides, cujos danos variam de 10% a 25% de perda de produtividade, mas esse prejuízo pode ser ainda maior se houver a ocorrência de espécies mais agressivas de Meloidogyne (nome científico). Com linhagens de café mais suscetíveis, os danos podem ocasionar o abandono da atividade.
O trabalho da Idaron visa combater também o Meloidogyne spp, uma praga que não possui controle eficaz, o que faz da prevenção a medida mais eficaz a ser adotada. “Nesse sentido, a Idaron realiza o monitoramento das mudas na origem da produção, com coleta e envio de amostras de raízes para o laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura e a fiscalização constante dos viveiros. É importante que o cafeicultor só adquira mudas em viveiros cadastrados na Agência e siga as recomendações dos tratos culturais, para, assim, assegurar a qualidade da lavoura”, acentua René Parmejiani.
O técnico explica que a produção de mudas certificadas tem sido incrementada ano a ano, resultando no aumento escalonado desde a vigência da legislação, com crescimento cerca de 30% no primeiro ano e algo em torno de 50% no segundo ano. Em números gerais, foram mais de 21 milhões de mudas de café declaradas no processo de Certificação Fitossanitária de Origem só em 2018. No ano passado, 2021, a produção apresentou leve queda, com quase 14 milhões de mudas declaradas.
O resultado desse trabalho não podia ser outro, em 2018 o total de mudas contaminadas por nematoides foi de apenas 1%. Ano passado esse índice de contaminação foi menos de 1%, número que consolida a evolução do programa desenvolvido pela idaron e os efeitos positivos nos sistemas de produção e no controle da disseminação de nematoides, nas mudas de café.
Fonte/Foto: Idaron