TJRO apresenta resultados interinstitucionais e mudança do modal de transportes aos representantes de GO e MA
A ruptura com o modelo de frota própria e o ganho de eficiência com a adoção de práticas comuns na iniciativa privada é o que mais desperta interesse
Curiosos com as mudanças promovidas na gestão de transporte de passageiros e cargas feitas pelo Tribunal de Justiça de Rondônia, representantes dos tribunais de Justiça de Goiás e do Maranhão solicitaram reunião técnica, que foi conduzida pelo juiz secretário-geral do TJRO, Rinaldo Forti, com o auxílio de Marcelo Lino, secretário administrativo em exercício.
Além das parcerias interinstitucionais firmadas com TCE, MPE e DPE, na qual compartilham o uso de veículos ou do frete, os veículos mais antigos e, consequentemente, de alto custo de manutenção, foram dados como parte de pagamento de uma frota mais enxuta, nova e adequa às necessidades da instituição.
Além da significativa redução do número de veículos – de 149 para cerca de 50 carros, já incluídos os de representação – foi feita a terceirização dos deslocamentos urbanos na capital por meio de um serviço de transporte por aplicativo, chamado JudCar. Além do controle absoluto e em tempo real do solicitante, percurso, horário e custo do deslocamento, a administração reduz sua dependência de motoristas, controle de frota, manutenção, gestão de infrações de trânsito, abastecimento, dentre outros. O custo do quilômetro rodado caiu de R$ 6,34 para menos de R$ 3,00.
Como contingência também foi a locação por demanda, de modo que, não dispondo de veículos para promover deslocamentos, notadamente rodoviários, o Tribunal pode locar um carro exclusivamente pelo período necessário ao deslocamento, sem os custos de compra, manutenção, seguro e documentação veicular.
O resultado mais impressionante, no entanto, veio da distribuição de material permanente e de consumo. A distribuição com frota própria que, por racionalização de custos era feita bimestralmente, foi descontinuada e todo o material passou a ser distribuído por transportadora. Além do prazo de entrega ter caído de 2 a 3 meses para 2 a 3 dias, o custo caiu em mais de 80% quando somados salários, diárias, combustível e manutenção dos veículos envolvidos na operação.
A preocupação com o aperfeiçoamento na gestão dos transportes dentro da Justiça tem o intuito de garantir eficiência no uso do dinheiro público e sustentabilidade, pois o custo de manutenção de frota de veículos própria é alto e o impacto ambiental considerável. “O desafio não se limita a encontrar soluções, mas implantá-las, pois mudanças geram reações de todos envolvidos. Conscientizar os atingidos acerca dos motivos da mudança e as vantagens que ela representa – de forma clara, rápida e objetiva – é fundamental para vencer as resistências. Ademais, o compromisso com a sustentabilidade não pode ser apenas a do discurso, mas da efetividade.” destacou Forti.
Buscando adequar o modelo a cada realidade, os participantes fizeram questionamentos e falaram de seus desafios. O juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Maranhão finalizou parabenizando o TJRO pelas inovações e agradecendo a exposição, no que foi acompanhado pela juíza auxiliar da presidência do TJ goiano.
Fonte/Foto: TJ-RO