Presidente Alex Redano cobra a imediata demissão do secretário da Sejus, após mais uma fuga no presídio de Ariquemes
Parlamentar disse que Marcus Rito não tem competência para o cargo e deve ser exonerado de forma urgente
O presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano (Republicanos), cobrou a imediata exoneração do Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), Marcus Rito, em razão das constantes fugas registradas no presídio de Ariquemes.
Estou sempre cobrando a demissão desse secretário da Sejus, pois ele é totalmente incompetente. São dezenas de fugas e precisam ser tomadas medidas a curto, médio e longo prazo. Hoje, em plena luz do dia, cerca de 13 apenados fugiram. Uma vergonha!”, disse Redano, em tom de desabafo, durante entrevista nesta terça-feira (17) a uma emissora de televisão de Ariquemes.
Para Alex Redano, “é uma situação absurda. E não é de hoje que denunciamos esse grave problema, que amedronta a sociedade de Ariquemes. Precisam ser tomadas medidas urgentes e o primeiro passo é exonerar esse secretário, que não tem competência para o cargo e que não consegue dar conta dessa grande número de fugas, mais de 20, em menos de três anos. É inaceitável”, lamentou.
De acordo com o deputado, “o segundo passo é colocar alguém que faça algo efetivo, com rapidez, para conter esse número absurdo de fugas, que chega a ser ridículo e vergonhoso para a classe política, em geral. O presídio de Ariquemes ganhou o apelido de ‘castelo de areia’, pela má qualidade da sua estrutura”.
O deputado aproveitou para anunciar que no próximo mês de setembro, vai até o estado de Tocantins conhecer um presídio que é administrado num sistema de cogestão. “Há a possibilidade de esse modelo ser adotado em Ariquemes. Mas, seria uma situação mais pra frente. Para agora, temos que fazer alguma coisa concreta, pois como está é insuportável”.
Quando questionado acerca da quantidade de efetivo de policiais penais para dar conta dos apenados, Alex Redano disse que “há dois meses, não aprovamos mais nenhum recurso, nenhum projeto encaminhado pela Sejus na Casa, como forma de protesto. Também como forma de cobrar a valorização da categoria dos policiais penais e dos socioeducadores. Precisa aumentar o efetivo e melhorar as condições de trabalho”.
Ao final, ele relatou o medo dos produtores rurais que moram nas imediações do presídio, que estão com suas propriedades desvalorizadas, e também enalteceu o trabalho do promotor Tiago Lopes, que trouxe todos os números da situação do presídio de Ariquemes. “Ele fez um presídio muito modesto: que a unidade tivesse ‘apenas’ o dobro da capacidade.Hoje, está com três vezes a sua capacidade, sendo impossível o seu controle”.
Fonte: Assessoria