Bolsonaro sugere não disputar eleição em 2022
Nesta segunda, o presidente cogitou ficar fora da disputa tendo em vista que o voto impresso não deverá ser implantado para o próximo pleito
Da Redação
Grandes veículos de imprensa de nível nacional, a exemplo de “O Povo”, “Jornal da Record”, “Folha de São Paulo”, “Gazeta do Povo” e “Isto É”, noticiaram que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), indicou, na manhã desta segunda-feira (19/07) ,que pode desistir da candidatura à reeleição em 2022, caso o Congresso Nacional não aprove o sistema de voto impresso auditável nas urnas eletrônicas. Em discurso em frente ao Palácio da Alvorada, o mandatário voltou a afirmar que eleição sem voto auditável não é eleição, é fraude.
O presidente fez a seguinte declaração: “Olha, eu entrego a faixa para qualquer um, se eu disputar eleição. Agora, participar dessa eleição com essa urna eletrônica…”. A interpretação da frase foi de que Bolsonaro deu a entender que pode não concorrer à reeleição se não houver a modificação. O presidente disse, também, que os votos das urnas eletrônicas serão auditados dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “de forma secreta” e “pelas mesmas pessoas que liberaram o Lula [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva] e o tornaram elegível”.
Em sessão tumultuada, a comissão especial da Câmara dos Deputados sobre o voto impresso foi encerrada sem apreciar a proposta na última sexta-feira (16/07). A posição de Bolsonaro se deveria à iminente derrota da proposta, que é de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF). Pela primeira vez, o presidente estaria reconhecendo um possível revés na discussão da PEC no Legislativo.
A PEC do voto impresso acabou se transformando numa das principais bandeiras políticas do presidente, que já deu declarações consideradas golpistas ao dizer que “ou fazemos eleições limpas ou não temos eleições”. A declaração de Bolsonaro desta segunda, todavia, é um recuo em relação às suas declarações sobre a não realização de eleições em 2022.
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