FAZ MAL antecipar a segunda dose da vacina contra a Covid?
Segunda dose da Pfizer e da Astrazeneca terá intervalo reduzido em Rondônia e vários estados
Da Redação
A Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) autorizou, nesta terça-feira, a redução do intervalo para a aplicação da segunda dose das vacinas Pfizer e Astrazeneca na população de todo o estado.
De acordo com ofício enviado pela agência ao Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), a segunda poderá ser aplicada nos seguintes prazos em 45 (Astrazeneca) e 60 dias (Pfizer).
O prazo anterior seria de 90 dias de intervalo entre as doses para os dois imunizantes. Ainda não se sabe, porém, se as prefeituras terão as vacinas à disposição para a antecipação do prazo.
O Ministério da Saúde recomenda doze semanas entre as aplicações, mas o prazo foi encurtado por gestores de vários estados visando ampliar a proteção da população contra a variante Delta do coronavírus, já que estudos revelaram que tanto a Pfizer quanto a Astrazeneca oferecem boa resposta imunológica contra a variante delta.
FAZ MAL ANTECIPAR?
Quanto a isso, a população pode ficar tranquila. A bula do imunizante da empresa farmacêutica Oxford/AstraZeneca diz que o reforço da vacina, com a aplicação da segunda dose, pode ocorrer no período compreendido entre quatro e doze semanas após a primeira dose, portanto a redução do espaço entre as aplicações está dentro do prazo seguro informado pela fabricante.
Já em relação à Pfizer, a bula da vacina contra a covid-19 produzida pela Biontech indica que o intervalo entre a primeira e a segunda doses seja feito em 21 dias. No entanto, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou a estratégia de doze semanas entre as aplicações, a mesma utilizada no Reino Unido, Canadá, França e Alemanha. Já Estados Unidos, Israel, Chile e Uruguai seguem a orientação da bula.
Segundo estudos, em vacinologia o que deve ser respeitado é o intervalo mínimo entre as doses, que se não for cumprido prejudica a resposta imunológica. Já intervalo máximo não existe.
Foto: Revista Século