Brasil tem mais de 234 milhões de acessos móveis em 2020

Brasil tem mais de 234 milhões de acessos móveis em 2020

Dados estão em relatório da Anatel e mostram aumento de mais de 7 milhões em relação a 2019

OBrasil registrou 234,07 milhões de acesso móveis em 2020. O número representa aumento de 7,39 milhões em relação a 2019, o equivalente a 3,26%. Os dados são do Relatório do Acompanhamento do Setor de Telecomunicações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), vinculada ao Ministério das Comunicações (MCom).

Acesso móvel é o nome dado para os chips de celular ou tablet, por exemplo, que podem ser usados para serviços de voz ou de conexão à internet, como a tecnologia 3G e 4G. Desde 2015, o mercado brasileiro registrava redução no número de chips. No entanto, a partir de julho de 2020, todos os meses apresentaram crescimento nesse indicador.

De acordo com a Anatel, a pandemia de Covid-19 é uma das explicações para o crescimento. “Com a transferência forçada de atividades para a modalidade on-line, em especial as aulas de crianças e de adolescentes, houve um aumento na compra de dispositivos para permitir a realização dessas atividades. O celular é o dispositivo mais barato de acesso à internet, e muitos desses aparelhos já são vendidos atrelados à contratação de um novo plano”, aponta o relatório.

Ao analisar os dados por 100 mil habitantes, os dados da Anatel ainda mostram que a densidade da telefonia móvel fechou o ano de 2020 em 97,20 acessos. O número representa aumento de 1,11% em relação ao exercício anterior.

Quase todos os estados apresentaram aumento do indicador na comparação com 2019, à exceção de Goiás e Tocantins. As regiões Centro-Oeste (102,02) e Sudeste (105,71) possuíam, no final do exercício, densidade superior a 100, ou seja, mais que um acesso por habitante.

Cobertura

O percentual de população coberta por acessos móveis nas áreas urbanas foi superior a 94% em todas as Unidades da Federação. Além disso, cerca de 46,6% dos 53.944 quilômetros de rodovias federais no país tinham cobertura de tecnologia 3G ou 4G. Em quatro unidades da Federação, o atendimento alcançava mais de 80% das rodovias federais: São Paulo (91,6%), Distrito Federal (87,4%), Rio de Janeiro (85,1%) e Sergipe (83,1%).

Mercado

A composição do mercado (market share) da telefonia móvel também foi objeto de avaliação no relatório. Em dezembro de 2020, a Vivo seguia como líder do mercado, seguida por Claro – empresa que mais ganhou clientes no exercício – e Tim.

As receitas operacionais da telefonia móvel sofreram queda nos dois primeiros trimestres de 2020 e apresentaram um início de recuperação no terceiro trimestre. A receita decorrente do tráfego de dados foi a maior dos últimos três anos, somando R$ 14,13 bilhões, mais que o triplo da receita decorrente dos serviços de voz, que totalizou R$ 4,08 bilhões.

Apesar do aumento da base de assinantes, não houve degradação da qualidade do serviço prestado pelas quatro maiores empresas de telefonia móvel, que se manteve em torno de 80%. Além disso, as operadoras conseguiram reduzir, ao longo de 2020, o índice de reclamações.

Relatório

O Relatório do Acompanhamento do Setor de Telecomunicações é uma publicação que avalia o desenvolvimento da telefonia móvel no Brasil a partir da análise das quatro maiores prestadoras do serviço, que representam 96,9% do total de acessos. São apresentados dados nacionais e recortes por Unidade da Federação, prestadora, tecnologia, tipo de produto e modalidade de cobrança, destacando a variação entre 2019 e 2020 e os efeitos da pandemia de Covid-19 nos números da telefonia móvel.

O documento contém, ainda, dados da empresa Opensignal sobre métricas de experiência em redes móveis que apontam a satisfação dos usuários durante o uso de serviços de streaming de vídeo, jogos mobile multiplayer, aplicativos de voz (como WhatsApp e Skype), taxas de download e de upload e disponibilidade de 4G.

Texto: Ascom/Ministério das Comunicações

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