Dr. Neidson participa de reunião da Mesa da Irmandade Rondônia e Beni
Rotas de importação, exportação e intercâmbio comercial entre os dois estados foram temas dos debates. Até o final deste mês as autoridades voltam a se reunir para discutir os avanços das ações.
O deputado estadual Dr. Neidson (PMN) participou do encontro da Mesa Permanente da Irmandade, entidade criada há seis anos para discutir propostas de interesse de Rondônia e o Departamento de Beni (Bolívia) em diversos setores, a exemplo de comércio, segurança pública, saúde, educação, cultura, meio ambiente e tecnologias de produção agropecuária. A reunião aconteceu no final do mês passado, na cidade boliviana.
Autoridades do Beni e de Rondônia conversaram sobre as principais dificuldades enfrentadas por empresários dos dois estados quanto à importação e exportação de produtos e mercadorias por meio das fronteiras.
No geral, o principal foco das mesas de debate foi sobre a desburocratização do sistema alfandegário, ou seja, fazer um ajuste nas leis, tanto da Bolívia quanto do Brasil, possibilitando a importação e exportação entre os dois países sem os grandes entraves.
De acordo com o parlamentar, em Riberalta, importante cidade industrial localizada no Departamento de Beni, está uma das maiores fábricas de beneficiamento de castanha daquele País.
“Castanha essa que a Bolívia exporta cerca de oitenta por cento da produção para o mundo inteiro. E essa mesma castanha é comprada no Brasil. Porém, os empresários nos explicaram que sai mais barato eles transportarem a castanha até o Chile, e de lá fazer a exportação, uma vez que, por Porto Velho, a carreta chega abastecida e volta vazia. Já no Chile, eles voltam para a Bolívia com a carreta carregada de outros produtos, justamente porque não existem os entraves burocráticos”, ressaltou Dr. Neidson.
Mas, mesmo diante das dificuldades, os empresários afirmam que exportar a castanha via Guajará-Mirim e Porto Velho é mais viável. “Por Porto Velho eles levam, em média, trinta e cinco dias para chegar ao Pacífico. Já pelo porto do Chile a média é de setenta dias. Ou seja, nós temos a redução de mais de um mês no tempo de transporte.
Então, decidimos levar todas essas questões até Brasília para tentar a desburocratização das leis, possibilitando que eles possam usar a rota de Porto Velho e retornarem para a Bolívia com as carretas abastecidas. Dessa forma, eles ganham, e nós também”, argumentou o deputado.
INTERNACIONALIZAÇÃO
Outro pondo debatido no encontro tratou sobre a internacionalização dos portos de Guajará-Mirim e Porto Velho, e dos aeroportos da capital rondoniense e das cidades bolivianas de Guayaramerin e Trinidad. “Já existe um recurso do Governo
Federal, de mais de R$ 7 milhões, para a construção do porto de Guajará-Mirim, sendo que a internacionalização do aeroporto Governador Jorge Teixeira já está em andamento.
Porém, temos um prazo de trinta dias, até o final deste mês de julho, para a próxima reunião onde discutiremos os avanços das propostas”, informou Dr. Neidson. Além dele e de representantes da Bolívia, diversas outras autoridades rondonienses estiveram presentes à reunião.
Publicado Versão Impressa em Julho/2019